SOMOS UMA NAÇÃO CORINTHIANA

Minha foto
são paulo, ZONA LESTE -CARRÃO, Brazil
Este blog foi criado em homenagem a todos os amigos Corinthianos,imespianos e de toda nação Corinthiana.Para os demais,tambem você pode dar suas opiniões, desde que seja respeitosa por ambas as partes. CORINTHIANOS e NÃO CORINTHIANOS DEIXEM SUAS MENSAGENS PARA O CORINTHIANS 100 ANOS DE GLÓRIAS E MUITAS VITÓRIAS.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

23/09/2010 SANTOS 2 X 3 CORINTHIANS

Corinthians bate no Santos na Vila Belmiro e dedica a vitória para Dorival Junior


                                                                              3

Iarley vibra ao marcar o primeiro gol sobre o Santos em clássico na Vila Belmiro.
O Corinthians venceu de virada por 3 a 2 e segue firme na

terça-feira, 31 de agosto de 2010

HISTÓRIA DO CORINTHIANS


                              HISTÓRIA DO CORINTHIANS
Texto de autoria http://www.klepsidra.net/klepsidra4/corinthians.html

BIBLIOGRAFIA



DA MATTA, Roberto. Universo do Futebol: Esporte e Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro. Pinakoteke. 1982. DIAFÉRIA, Lourenço. Coração Corinthiano. Coleção Grandes Clubes do Futebol Brasileiro e Seus Maiores Ídolos. Fundação Nestlé de Cultura. 1992. FONTENELLE, André e STORTI, Valmir. A História do Campeonato Paulista. São Paulo. Publifolha. 1997. KFOURI, Juca. A Emoção Corinthians. Coleção Tudo é História. Ed. Brasiliense. 1981 KFOURI, Juca. Corinthians Paixão e Glória. São Paulo. Companhia Melhoramentos de São Paulo e: DBA Artes Gráficas. 1996. ( Aguardando autorização do mesmo )

Já são 100 anos de vida, desde o longínquo ano de 1910, quando o futebol no Brasil ainda estava na infância. Foi nesse ano que surgiu o Sport Club Corinthians Paulista, um dos maiores clubes do futebol brasileiro. Esse clube, hoje em dia, tem uma das maiores torcidas dentro do Brasil. Quem nunca ouviu falar no Corinthians? São milhões de apaixonados pelas cores preta e branca espalhados pelos quatro cantos do país. Sua capital? A cidade de São Paulo, a principal metrópole da nação. Hoje, o clube fica no bairro do Tatuapé, bairro de classe média paulistana. Mas não foi lá que ele nasceu, e sim no bairro do Bom Retiro, região central da cidade. Atualmente um bairro comercial, em 1910 o Bom Retiro era uma área operária, onde milhares moravam e trabalhavam na São Paulo industrial do começo do século XX. Foram cinco desses operários que fundaram o clube que conhecemos hoje como Corinthians, que passou por muitas dificuldades ao longo de sua história, até ser grande e gerar paixões, às vezes inacreditáveis, por todo o Brasil. Esse clube é conhecido pela sua torcida, considerada fanática e apaixonada pelo futebol. Esta paixão tem uma origem, a qual estudaremos aqui a partir da seguinte questão a ser respondida: Qual o papel social do Sport Club Corinthians Paulista na busca da identidade cultural e social de seu torcedor, dando origem à paixão corintiana? Com esta questão pretendemos mostrar que o famoso "Timão" tem um papel social e cultural muito importante na vida de certas multidões - principalmente nos primeiros tempos de sua criação, quando seus torcedores eram, em maioria, imigrantes e operários da cidade que crescia de maneira acelerada nos primeiros anos deste século. O Corinthians é uma forma de identificação sócio-cultural, mas não como qualquer clube. Ele gera grandes e extremadas paixões. Com este recorte podemos estudar a identificação dos primeiros torcedores com o clube. Este tema nos possibilita estudar a identificação individual do paulistano na República Velha, já que o clube possibilita essa identidade pessoal do cidadão/torcedor aflorar e fortalecer-se, o que é importante para entendermos o torcedor corintiano de hoje, e até mesmo a própria cidade de São Paulo. Assim, com este trabalho pretendemos mostrar que o Corinthians é um fenômeno social, podendo ,assim, entender a paixão que o clube exerce em sua torcida. A justificativa pessoal que existe para este trabalho não poderia ser outra. Afinal, como já disse, sou corintiano e quero conhecer a história e principalmente a origem deste clube cada vez melhor. Pretendo estudar esse time que gera tantas paixões, pois ele também provoca isso em mim. O futebol paulista no começo do século. As duas primeiras bolas de futebol chegaram ao Brasil em 1894, com um brasileiro, filho de ingleses, chamado Charles Miller. Desde lá, o jogo não parou mais de ser praticado no país. Os primeiros amistosos entre clubes surgiram nos anos de 1899/1900, com os clubes do São Paulo Athletic, Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros), Mackenzie e a Internacional. Todos tinham sócios da elite paulistana, de origens as mais diversas - como Americanos, Ingleses e Alemães. O esporte continuou a crescer, e em 1902 surgiu a Liga Paulista de Football, com apenas cinco clubes (os quatro já mostrados acima mais o C. A. Paulistano, também da elite ). A liga organiza o primeiro campeonato paulista de futebol, cujo campeão seria o São Paulo Athletic, que possuía Charles Miller, o responsável pelo futebol no Brasil. Os primeiros anos de campeonato paulista foram conturbados, com saídas e entradas de times, divisões de liga (entre Associação Paulista de Esportes Atléticos e a Liga, na segunda década do torneio) e até desaparecimento de taça de campeão, acontecido no ano de 1911. A hegemonia do futebol paulista nos primeiros anos ficou entre o time do Paulistano, do São Paulo Athletic e do A . A Palmeiras. Mas também já existiam vários times de várzea espalhados por toda a cidade, já que o futebol começava a ganhar seu espaço também nas camadas populares. Muitas equipes surgiram, e uma delas, em 1910, era o Sport Club Corinthians Paulista, do qual começamos a falar agora.



                                                                  A ORIGEM


Em 1º de Setembro de 1910, às 20h30, no Bom Retiro, bairro operário de São Paulo que contava principalmente com imigrantes italianos, portugueses e espanhóis, nasceu a paixão. Mais exatamente na Rua dos Imigrantes, nº 34, esquina com a Rua Cônego Martins, surgia o Sport Club Corinthians Paulista. Seu aparecimento é simples. Cinco operários do bairro - Antônio Pereira, Joaquim Ambrósio, Anselmo Correia, Carlos da Silva e Rafael Perrone - resolveram fundar um clube de futebol. São eles a quem todo corintiano deve agradecer. Sentados em frente a uma confeitaria, apenas sobre a luz de um lampião de gás, tiveram a idéia de fundar um clube operário para jogar nas várzeas paulistas. Mas por quê um time chamado Corinthians?


A origem do nome vem de um time de estudantes ingleses que passara por São Paulo e Rio de Janeiro para disputar amistosos e cujo nome era Corinthian Casuals Football Club, em homenagem a cidade grega de Corinto. Em seus jogos no estádio do Velódromo (localizado na área do bairro da Consolação, mas já extinto) este time encantou muita gente pelo bom jogo apresentado. Não deixou inclusive de encantar aqueles cinco rapazes do Bom Retiro, que dias depois fundariam seu próprio clube. Inicialmente, o Corinthians não tinha um nome definido, mas várias sugestões diferenciadas: a primeira foi Santos Dumont, em homenagem ao criador do avião; a outra foi Carlos Gomes, em homenagem aos italianos do bairro, já que o maestro escrevia suas óperas em italiano.



                                                                    O Brasão do

Corinthians Casuals


Mas então Joaquim Ambrósio, na primeira reunião, pediu a palavra e propôs que o time se chamasse Sport Club Corinthians Paulista em homenagem ao time inglês que passara com grande sucesso e que, segundo suas palavras, também fora fundado à luz de um lampião de gás. Provavelmente Ambrósio tinha a intenção de mostrar a seus companheiros que o novo clube um dia poderia se tornar conhecido como o Corinthian inglês. Ele tinha em seu pensamento que um clube de operários poderia ser grande e famoso, mesmo com um nascimento simples, e tomava como exemplo o time de outras terras. Mas Ambrosio talvez esquecera de explicar que o Corinthian (time inglês) fora fundado por alunos de Oxford e Cambridge, universidades freqüentadas por pessoas da elite inglesa, geralmente filhos de burgueses. O novo Corinthians Paulista seria o oposto dessa situação. Mas a única diferença entre ambos não seria essa.


Se o novo Corinthians tinha o "s" no final, e o outro não, o que aconteceu no nome? Simples. Quando o time inglês jogava, os torcedores gritavam "go Corinthian". A imprensa e o público em geral pensavam que Corinthian era o nome de um jogador do team inglês, e nos jornais do dia seguinte saía que o "Corinthians Team" (ou seja, uma expressão da língua inglesa, significando "time do jogador Corinthian") vencera a partida. Foi assim que o Corinthian se tornou Corinthians no Brasil.


Todo time tem as suas ambições, e com o Corinthians a história não seria diferente. Os seus primeiros fundadores e sócios tinham sonhos diferenciados com a evolução da equipe. Alguns diziam que o Corinthians deveria se tornar um time grande, como o Paulistano e o São Paulo Athletic, e disputar os campeonatos da Liga Paulista para ganhar, não se restringindo à várzea. Outros queriam que a equipe fosse apenas um time de bairro, para disputar campeonatos na várzea. Essas pessoas tinham medo do novo clube encarar os grandes do futebol paulista, e até mesmo de não ser aceito. Queriam que o Corinthians realmente fosse como um pequeno clube destinado apenas aos moradores do Bom Retiro, como se fosse o centro de uma associação de bairro. É preciso dizer, assim, que o Corinthians não existe apenas porque o time inglês passara por São Paulo: ele só tem o nome em homenagem a tal time. A idéia dos homens que fundaram o Corinthians Paulista já estava preparada, independente do time inglês chegar ou não ao Brasil; a idéia de existir um time operário, ou club dos operários, como era conhecido, já tinha nascido e cristalizado. O futebol estava em alta no Brasil e se popularizava aos poucos, principalmente nos vários campos de várzea existentes por toda a cidade. Os operários do Bom Retiro já estavam pensando em ter o seu próprio clube para praticar esportes e desfrutar de lazer no seu próprio bairro. A idéia de que o Corinthians não foi fundado a partir do clube inglês pode ser provada pelos diversos nomes possíveis que este clube poderia ter e que, como já foi dito anteriormente, por meio de uma votação, se tornou Sport Club Corinthians Paulista. Ele foi a realização de um sonho, acima da influência da equipe inglesa ou não.


                                                                 A TORCIDA


A torcida corintiana hoje é composta por milhões de pessoas, sendo a segunda maior do Brasil. Todos já ouvimos falar do fanatismo desses torcedores, conhecidos como fiéis ao seu clube do coração. Os primeiros membros da torcida alvinegra com certeza eram do bairro do Bom Retiro, e, foram estes que ajudaram a construir essa grande "nação" chamada Corinthians. Essa massa sempre teve fortes relações com o clube desde os tempos de várzea, e o clube sempre ofereceu-se como uma forma de lazer aos seus torcedores. Por exemplo, na compra da primeira bola do time se passou uma lista por todo o bairro, para quem quisesse dar algum dinheiro com a intenção de ajudar o novo clube, e, como sabemos e vemos hoje, muitos ajudaram. Além disso, muitos dos primeiros sócios não tinham, às vezes, dinheiro para pagar a mensalidade do clube, devido à sua situação financeira , mas sempre se dava um jeito de acertar as contas. O clube, como consta em sua ata, oferecia aos seus sócios pic-nics, saraus e se propiciava à organizar matchs (partidas) para divertir os seus torcedores e sócios com a prática do futebol.



                                             Mosqueteiro ,simbolo da torcida corinthiana
                                                             
Torcedores, que aumentaram com o tempo e, iam sempre assistir o Sport Club Corinthians Paulista na várzea, e depois, nos estádios da Liga Paulista de Futebol. Isso nos mostra que a torcida, desde o início da história do clube, sempre esteve ligada a este, já que o clube propiciava aos mesmos uma forma de lazer e diversão.


                                 IDOLOS CORINTHIANOS

                                   
                                               NECO
Ninguém vestiu a camisa corintiana por mais tempo: foram dezessete anos, entre 1913 e 1930. Nem, talvez, com mais amor que Neco. No primeiro jogo da história do clube, contra o União Lapa, ele já estava lá — aos 15 anos, fazia parte do terceiro quadro. Foi também Neco quem doou ao Corinthians a segunda bola de sua história, comprada com o pouco dinheiro que ele ganhava como aprendiz de marceneiro.



Certa vez, em 1915, quando o Corinthians esteve ameaçado de fechar suas portas, Neco liderou um assalto à sede do clube, na calada da noite, para que os móveis e troféus não fossem penhorados. Dentro de campo, este atacante aliava uma habilidade inata a um espírito de luta incomum, que acabou inspirando lendas. Como a de que costumava ameaçar os árbitros brandindo a cinta de seu calção, item obrigatório na indumentária dos jogadores até os anos 20. Por tudo isso, quando já se preparava para encerrar a carreira, Neco foi imortalizado em bronze, no busto que ocupa lugar de honra nos jardins do Parque São Jorge.

Nome: Manoel Nunes

Nascimento: São Paulo (SP), 7/3/1895
Morte: São Paulo (SP), 31/5/1977
Posição: meia-direita
Período: 1913 a 1930
Jogos: 296 (215 vitórias, 35 empates, 46 derrotas)
Gols: 235
Títulos pelo Corinthians: oito Paulistas (1914, 1916, 1922/23/24 e 1928/29/30)



                                                                   
                                                     TELECO 1934 à 1944

Teleco foi descoberto pelo Corinthians em 1934, jogando pela seleção de seu estado, o Paraná. Em dez anos a serviço do Timão, fez mais gols (255) do que jogos (248), alcançando uma fantástica média (1,02) que pouquíssimos jogadores em todo o mundo conseguiram. Basta lembrar que o próprio Pelé, ao longo de toda a sua carreira, fez 1 282 gols em 1 375 partidas (média de 0,93).

A jogada favorita de Teleco era a virada, em que ele, de costas para o gol adversário, girava o corpo rapidamente no ar para golpear a bola. Também sabia cabecear, apesar da estatura normal (1,76 metro), e chutava com os dois pés, na corrida ou de sem-pulo. Teleco é até hoje o jogador corintiano mais vezes artilheiro do Campeonato Paulista: cinco. Entre 1967 e 1991, foi o responsável pela sala de troféus do Corinthians, guardando muitas das glórias que um dia ajudou a conquistar.
Nome: Uriel Fernandes
Nascimento: Curitiba (PR), 12/11/1913
Morte: Osasco (SP), 22/7/2000
Posição: centroavante
Período: 1934 a 1944
Jogos: 248 (156 vitórias, 39 empates, 53 derrotas)
Gols: 255
Títulos pelo Corinthians: quatro Paulistas (1937/38/39 e 1941)



                                          Cláudio Christovam de Pinho

Em 100 anos de existência, nenhum jogador conseguiu alcançar o ápice de uma partida de futebol pelo Corinthians mais vezes do que Cláudio Christovam de Pinho. Em 549 jogos com a camisa alvinegra, foram 305 gols marcados e seis títulos conquistados, sendo o maior artilheiro da História do clube.


Apelidado de Gerente, por ser o líder de uma das gerações mais vitoriosas do Timão no começo da década de 50, Cláudio não tinha estatura para tal rótulo. Seus 1.62 metros faziam com que a camisa 7 ficasse grande em seu corpo. Porém, compensava em campo pelos seus passes precisos, seus dribles curtos e, principalmente, pelas suas cobranças de falta perfeitas.
- Lembro de um jogo contra o Benfica (POR), que eu estava atrás do gol. Meu pai cobrou uma falta tão perfeita, que o goleiro foi pegar a bola pensando que ela tinha saído, e só então viu que ela tinha feito uma curva e entrado - relembra Bento Ricardo, filho de Cláudio, ao LANCENET!.
A caminhada de Cláudio no Corinthians começou no dia 14 de março de 1945, contra o São Paulo, no Pacaembu. Apesar de um jogo com muitos gols (empate em 4 a 4), o ponta não balançou a rede adversária. O primeiro gol só saíria aos 36 minutos do primeiro tempo da partida seguinte, contra o Palestra Itália, não o suficiente para que houvesse outro empate, desta vez em 1 a 1.
O auge da carreira do camisa 7 aconteceu em 1951, quando fez parte do elenco dos 100 gols do Campeonato Paulista, ao lado de Baltazar, Luizinho, Carbone e Mário. No entanto, a liderança em campo lhe rendeu até o posto de treinador do time por três vezes: em 1948, quandos os próprios jogadores pediram e em 1954, em uma excursão ao Recife (PE). Quatro anos depois, ele voltou a ser técnico do Timão, mas não foi vitorioso.
- O time estava envelhecido. Quando o Vicente Matheus (ex-presidente do Corinthians) assumiu, queria dar pitaco na escalação. Meu pai se irritou e pediu demissão. Daí o São Paulo chamou ele pra jogar e ele foi - conta Bento, que é são-paulino.
- Nessa época que ele mudou de time, eu tinha 14 anos. Fiquei muito magoado com o Corinthians e decidi torcer para o São Paulo.
A última vez que a bola estufou a rede em um chute de Cláudio pelo Corinthians foi em dezembro de 1957, na goleada por 5 a 2 sobre o XV de Piracicaba. Apesar de ser ídolo do Timão, o jogador também tem história no rival Palmeiras: foi o primeiro atleta a marcar um gol depois que o clube mudou de nome, em 1942.
Vítima de um ataque cardíaco em 2000, Cláudio está eternizado no Parque São Jorge com um busto, assim como Neco e Luizinho, e também no coração de toda a torcida corintiana.
- O Corinthians era a segunda casa, a segunda família do meu pai. Marcou ele profundamente - finaliza Bento.


Bate-bola com Bento Ricardo, filho de Cláudio:
LANCENET!: O que significou o seu pai na sua vida?
Resposta: É um motivo de orgulho para mim ser filho do Cláudio. Ele sempre me levava para ver o treino do Corinthians, e até por isso que eu acompanhei a carreira dele tão de perto.


L!: Então você é corintiano?
R: Quando ele jogava lá, eu era corintiano, mas hoje sou são-paulino. O meu pai teve alguns conflitos com o Vicente Mateus e se demitiu do cargo de técnico. Foi aí que o São Paulo chamou ele pra jogar e ele aceitou. A nossa família ficou muito magoada na época e decidi mudar de time.


L!: Mas gosta do Corinthians?
R: Toda a família tem um carinho muito especial pelo Corinthians e, especialmente pela torcida. Quando ele morreu foi muita gente no enterro. Pessoas que nem viram ele jogar mas que sabiam da importância que ele teve para o clube. Foi emocionante.


L!: E o que o Corinthians significava para o Cláudio?
R: O Corinthians era a segunda casa e a segunda família dele. Meu pai assinou vários contratos em branco com o clube. Era uma relação de amor mesmo. Marcou a vida dele profundamente.


Luizinho:‘Pequeno Polegar’


Luizinho foi apelidado de ‘Pequeno Polegar’ por dribles



Ele viveu quase quarenta anos no Tatuapé, a 600 metros do Parque São Jorge
Media 1,64 metro de altura e adorava driblar seus adversários — dizem que certa vez chegou a sentar na bola, diante do enorme centromédio argentino Luiz Villa, do Palmeiras, em um jogo no Pacaembu. Igualzinho ao Pequeno Polegar, personagem do conto de fadas de domínio público recontado pelo francês Charles Perrault (1628-1703), que “driblava” um ogro malvado. Daí o apelido que acompanhou Luizinho ao longo de toda a sua carreira.
O Pequeno Polegar corintiano nasceu na Rua Cachoeira, entre os bairros do Brás e Belenzinho. Viveu quase quarenta anos no Tatuapé, a 600 metros do Parque São Jorge, e também morreu na Zona Leste, o maior reduto de torcedores do clube na capital paulista. Imortalizou-se como o autor do gol de cabeça contra o Palmeiras no empate de 1 a 1 que valeu o título paulista do IV Centenário. Em 1996, aos 65 anos, voltou a campo por cinco minutos, para ser homenageado em um amistoso contra o Coritiba.

Nome: Luiz Trochillo
Nascimento: São Paulo (SP), 7/3/1930
Morte: São Paulo (SP), 17/1/1998
Posição: meia-direita
Período: 1948 a 1967 e 1996
Jogos: 604 (359 vitórias, 130 empates, 115 derrotas)
Gols: 175
Títulos pelo Corinthians: três Paulistas (1951/52 e 1954) e três Rio-São Paulo (1950 e 1953/54)



                                                                  Baltazar
Baltazar foi eleito craque mais querido e virou até samba

Durante os doze anos em que esteve a serviço do Timão, ele marcou 267 gols
Ele, na verdade, se chamava Oswaldo — Baltazar era o irmão, que também jogava futebol, embora não profissionalmente. No início dos anos 50, já usando o apelido, Baltazar tornou-se um ícone paulistano. Ele e sua lendária cabeça, que utilizava para mandar a bola às redes dos adversários. Ganhou um automóvel Studebaker zero-quilômetro como prêmio do concurso ‘O Craque Mais Querido do Brasil’ e virou até samba. Composta pelo corintiano Alfredo Borba e gravada por Elza Laranjeira em 1953, a música dizia assim: “Gol de Baltazar / Gol de Baltazar / Salta o Cabecinha, 1 a 0 no placar!”.
Durante os doze anos em que esteve a serviço do Timão, o Cabecinha de Ouro, como passou a ser chamado por causa dessa habilidade, marcou 267 gols. Desses, 71 foram comprovadamente de cabeça. Baltazar veio do Jabaquara de Santos, sua cidade natal, em 1945, e foi artilheiro do Campeonato Paulista de 1952, com 27 gols. Pela seleção brasileira, esteve nas Copas de 1950 e 1954. “Nunca fui muito bom com os pés”, costumava assumir. “Mas, com a cabeça, nem Pelé foi melhor que eu.”


Nome: Oswaldo Silva
Nascimento: Santos (SP), 14/1/1926
Morte: São Paulo (SP), 25/3/1997
Posição: centroavante
Período: 1945 a 1957
Jogos: 402 (248 vitórias, 70 empates, 84 derrotas)
Gols: 267
Títulos pelo Corinthians: três Paulistas (1951, 1952 e 1954) e três Rio-São Paulo (1950 e 1953/54)


                                                                           Gilmar

Gilmar é considerado o melhor goleiro do time

Antes de brilhar, já veterano, no Santos de Pelé, Gilmar foi ídolo corintiano por toda uma década
Gylmar (com y mesmo, embora o rigor da grafia não tenha pego ao longo de sua carreira no futebol) dos Santos Neves é considerado não só o melhor goleiro do Corinthians como também um dos melhores do Brasil e do mundo em todos os tempos. Antes de brilhar, já veterano, no Santos de Pelé, Gilmar foi ídolo corintiano por toda uma década, de 1951 a 1961.
Como Baltazar, era santista de nascimento e veio do Jabaquara daquela cidade, como contrapeso na negociação de outro jogador, o centromédio Ciciá, esse sim pretendido pelo Corinthians. Mas Ciciá sumiu nas voltas que a bola dá, enquanto Gilmar acabou se consagrando. Foi campeão paulista naquele mesmo ano (1951), bi em 1952 e peça importante na conquista do histórico título do IV Centenário. Seguro, elástico, arrojado, quando foi campeão do mundo com a seleção brasileira pela primeira vez, em 1958, na Suécia, era jogador do Corinthians.
Nome: Gylmar dos Santos Neves
Nascimento: Santos (SP), 22/8/1930
Posição: goleiro
Período: 1951 a 1961
Jogos: 395 (243 vitórias, 75 empates, 77 derrotas)
Gols sofridos: 527
Títulos pelo Corinthians: três Paulistas (1951/52 e 54) e dois Rio-São Paulo (1953/54)



                                                                           Rivellino
 Rivellino ficou conhecido por sua bomba de perna esquerda

Foi, para muitos, o jogador mais técnico destes 100 anos, além de um dos maiores do mundo em todos os tempos
Na época em que o Santos tinha um Rei, Pelé, o Corinthians também teve seu “Reizinho”. Chamava-se Roberto Rivellino e foi, para muitos, o jogador mais técnico destes 100 anos, além de um dos maiores do mundo em todos os tempos. O apelido Reizinho do Parque, dado pelo jornalista Antônio Guzman em sua coluna ‘As 20 Notícias’, no extinto jornal Diário da Noite, ficou para sempre.
Sua bomba de perna esquerda e o drible curto, herança de quando ainda jogava futebol de salão, transformaram-no em uma espécie de príncipe do futebol brasileiro nos tempos em que Pelé reinava absoluto. Durante os exatos dez anos em que vestiu a camisa alvinegra, Rivellino foi o próprio Corinthians: de seus pés saía a alegria de cada vitória importante, e em seus ombros era depositado o ônus de todas as derrotas. Como aquela da final do Campeonato Paulista de 1974, contra o Palmeiras, que acabou precipitando sua saída para o Fluminense.

Nome: Roberto Rivellino
Nascimento: São Paulo (SP), 1º/1/1946
Posição: meia-esquerda
Período: 1965 a 1974
Jogos: 473 (237 vitórias, 136 empates, 100 derrotas)
Gols: 144
Título pelo Corinthians: Rio-São Paulo (1966)


                                                ZÉ MARIA ( 1970 à 1983 )

Zé Maria iniciou jogada do gol que deu fim ao jejum de títulos

Em 1982, quando já se preparava para encerrar a carreira e foi novamente campeão paulista
‘Cavalo de Aço’ era o nome de uma novela levada ao ar pela Rede Globo em 1973, protagonizada por Tarcísio Meira e sua motocicleta. Era, também, um dos muitos apelidos usados para destacar o vigor físico demonstrado em campo pelo lateral direito Zé Maria. Forte (mede 1,76 metro e, em forma, pesava 82 quilos), era uma massa compacta de músculos.
Foi tricampeão mundial pela seleção brasileira em 1970, no México, como reserva do capitão Carlos Alberto Torres. Em 1977, iniciou a jogada que resultou no gol de Basílio e no fim dos 22 anos sem um título de campeão paulista, ao bater uma falta para dentro da área da Ponte Preta. Em 1982, quando já se preparava para encerrar a carreira e foi novamente campeão paulista, Zé Maria elegeu-se vereador pelo PMDB, com 33 000 votos.

Nome: José Maria Rodrigues Alves
Nascimento: Botucatu (SP), 18/5/1949
Posição: lateral direito
Período: 1970 a 1983
Jogos: 599 (284 vitórias, 183 empates, 132 derrotas)
Gols: 17
Títulos pelo Corinthians: quatro Paulistas (1977, 1979 e 1982/83)


BASÍLIO ( 1975 à 1981 )


Basílio foi o herói do título que encerrou jejum

Até hoje, quase 33 anos depois, por todo lugar que passa ele recebe diversas demonstrações de gratidão
O próprio Basílio assume: se não fosse por aquele gol na vitória sobre a Ponte Preta por 1 a 0, na decisão do Campeonato Paulista de 1977, ele dificilmente entraria em galerias como esta. “Mas muitos são chamados e poucos são escolhidos”, costuma filosofar.
Até hoje, quase 33 anos depois, por todo lugar que passa ele recebe diversas demonstrações públicas de eterna gratidão por parte das várias gerações de corintianos. Basílio chegou ao Corinthians, vindo da Portuguesa, em 1975, com a dura missão de herdar a camisa 10 que havia sido de Rivellino. Corintiano desde criancinha, vivenciou das arquibancadas o período de tormento ao qual, um dia, iria pôr fim.
Em um jogo contra o América de Rio Preto, no Pacaembu, em 1975, Basílio chegou a sofrer uma parada respiratória em campo. A suspeita de traumatismo craniano felizmente não se confirmou, e assim ele sobreviveu para virar herói. Campeão paulista pelo Corinthians também em 1979, Basílio voltou três vezes ao Parque São Jorge como técnico, em 1987, 1989 e 1992.


Nome: João Roberto Basílio
Nascimento: São Paulo (SP), 4/2/1949
Posição: meia-direita
Período: 1975 a 1981
Jogos: 253 (128 vitórias, 67 empates, 58 derrotas)
Gols: 29
Títulos pelo Corinthians: dois Paulistas (1977 e 1979)


                                              PALHINHA ( 1977 à 1980 )

Palhinha chegou ao time com desfile em carro aberto e sirene



Maior craque do time, ele veio do Cruzeiro por uma quantia recorde para a época: 7 milhões de cruzeiros
Durante os mais de 22 anos em que esperou por um título importante, o Corinthians apostou na contratação de vários craques que chegavam com fama de salvador da pátria. Como Almir Albuquerque, em 1960, Garrincha, em 1966, e Paulo Borges, em 1968. Desses, somente um se sagrou campeão: Palhinha, em 1977.


Maior craque do time que naquele ano finalmente conquistaria o título paulista, ele veio do Cruzeiro por uma quantia recorde para a época: 7 milhões de cruzeiros. Sua chegada a São Paulo teve desfile em carro aberto, batedores e sirene. Inteligente, ágil, habilidoso e catimbeiro, Palhinha logo caiu nas graças da Fiel. No primeiro jogo das finais contra a Ponte Preta, marcou o gol da vitória por 1 a 0. Uma bola rebatida pelo goleiro Carlos pegou em cheio no seu rosto e entrou. No segundo jogo, ele sofreu um estiramento ainda durante o primeiro tempo e, por isso, não pôde estar em campo na partida decisiva.


Nome: Vanderley Eustáquio de Oliveira
Nascimento: Belo Horizonte (MG), 11/6/1950
Posição: ponta de lança
Período: 1977 a 1980
Jogos: 148 (79 vitórias, 42 empates, 27 derrotas)
Gols: 44
Títulos pelo Corinthians: dois Paulistas (1977 e 1979)


                                                BIRO BIRO - 1978 à 1988
Biro-Biro entrou para a história como curinga do time



Ele não escolhia posição: chegou como meia, virou volante, atuou nas pontas direita e esquerda


Ele era a imagem da superação, do próprio torcedor corintiano em campo, e talvez por isso tenha sido ídolo durante toda uma década. Quando chegou a São Paulo, vindo do Sport Recife, Biro-Biro tinha apenas 19 anos. Magrinho, tímido, cabelos avermelhados e enroladinhos, grandes olhos verdes destacando-se no rosto queimado, no início foi visto com desconfiança, uma figura folclórica. Tanto que nas eleições legislativas de 1978, como brincadeira ou forma de protesto, 60 000 pessoas chegaram a votar nele para deputado estadual, sem que o jogador sequer fosse candidato.


Em campo, Biro-Biro não escolhia posição: chegou como meia, virou volante, atuou nas pontas direita e esquerda. Acabou entrando para a história como curinga, demonstrando sempre a mesma raça. Em 1988, ano em que conquistou seu quarto título de campeão paulista pelo Corinthians, Biro-Biro elegeu-se vereador por São Paulo, dessa vez para valer, pelo extinto PDS.


Nome: Antônio José da Silva Filho
Nascimento: Recife (PE), 18/5/1959
Posição: volante e meia
Período: 1978 a 1988
Jogos: 589 (265 vitórias, 199 empates, 125 derrotas)
Gols: 75
Títulos pelo Corinthians: quatro Paulistas (1979, 1982/83 e 1988)



                                                        Sócrates 1970 à 1980
 Sócrates foi líder da Democracia Corintiana



Quando chegou, era médico cujo futebol se caracterizava pela habilidade, inteligência e toques de calcanhar


Quando chegou do Botafogo de Ribeirão Preto, com 24 anos e meio, o doutor Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, médico recém-formado cujo futebol se caracterizava pela habilidade, inteligência e toques de calcanhar, encontrou um Corinthians livre da responsabilidade de conquistar um título, mas ainda excessivamente pressionado pelos gritos da torcida.


Tratou, então, de mudar o Timão. Dentro de campo, com seus gols decisivos e um futebol cerebral. Fora dele, reivindicando maior liberdade e participação para os atletas, tornando-se o líder intelectual da Democracia Corintiana. Campeão paulista em 1979, bi em 1982 e 1983, Sócrates foi o único jogador corintiano convocado para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982, disputada na Espanha, e um de seus principais nomes. Vendido para a Fiorentina, da Itália, em 1984, jogou ainda no Flamengo e no Santos e defendeu a seleção também na Copa de 1986, no México.


Nome: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira
Nascimento: Belém (PA), 19/2/1954
Posição: meia-direita
Período: 1978 a 1984
Jogos: 298 (153 vitórias, 90 empates, 55 derrotas)
Gols: 172
Títulos pelo Corinthians: três Paulistas (1979 e 1982/83)


                                           CASAGRANDE ( 1982 à 1986 e 1994 )
 Casagrande também liderou a Democracia Corintiana



Ele voltou ao time em 1994, para ultrapassar a marca dos 100 gols com a camisa alvinegra


Ele era a cara da juventude do início dos anos 80. Rebelde, cabeludo, costumava jogar com a camisa para fora do calção e as meias arriadas. Nascido e criado nas proximidades do Parque São Jorge, Casagrande aliava raça, inteligência e oportunismo. No início de 1982, o técnico Mário Travaglini resolveu escalá-lo para um jogo contra o Guará (DF), pela Taça de Prata, e Casagrande, então com 19 anos, marcou quatro vezes na goleada corintiana por 5 a 1.


Entendia-se perfeitamente com Sócrates, dentro e fora de campo. Ambos, junto com Wladimir, se tornaram os principais líderes da Democracia Corintiana. Artilheiro do Campeonato Paulista de 1982, com 28 gols, campeão estadual naquele ano e bi no seguinte, jogou a Copa de 1986 pela seleção brasileira. Na volta, acabou negociado com o Porto, de Portugal. Anos depois, em uma tarde de Pacaembu lotado em que enfrentou o Corinthians vestindo a camisa do Flamengo, a Fiel pediu em coro: “Volta, Casão, seu lugar é no Timão”. E ele de fato voltou, em 1994, perto de completar 31 anos, para ultrapassar a marca dos 100 gols com a camisa alvinegra.


Nome: Walter Casagrande Junior
Nascimento: São Paulo (SP), 15/4/1963
Posição: centroavante
Período: 1982 a 1986 e 1994
Jogos: 256 (118 vitórias, 79 empates, 59 derrotas)
Gols: 103
Títulos pelo Corinthians: dois Paulistas (1982/83)



                              RONALDOOOOOOOOOOOO ( 1988 à 1998 )


Ronaldo alcançou marca de 600 jogos como goleiro do time

Tão impressionante quanto seu número de jogos é a baixa média de gols sofridos: 0,94 por partida

“RONAAAAAAAAAALDO!” Era assim que os locutores de TV e rádio narravam suas defesas, durante os dez anos em que foi o titular absoluto do gol corintiano. Excelente debaixo das traves, dono de apurado reflexo, muito ágil, gostava de valorizar ainda mais esses lances, executando pontes acrobáticas ue inspiraram o grito exagerado.

Com a marca de exatos 600 jogos disputados, Ronaldo é o terceiro entre os que mais vezes entraram em campo pelo clube, atrás apenas de Wladimir (805 partidas) e de Luizinho (604). Tão impressionante quanto seu número de jogos é a baixa média de gols sofridos: menos de um (0,94) por partida. Nos anos 90, Ronaldo encarnou o espírito guerreiro corintiano tão bem que muitas vezes exagerou. Foi expulso em doze oportunidades.
Nome: Ronaldo Soares Giovanelli
Nascimento: São Paulo (SP), 20/11/1967
Posição: goleiro
Período: 1988 a 1998
Jogos: 602 (283 vitórias, 186 empates, 133 derrotas)
Gols sofridos: 571
Títulos pelo Corinthians: três Paulistas (1988, 1995 e 1997), Copa do Brasil (1995) e Brasileiro (1990)



                                           GAMARRA ( 1988 à 1999 )


Gamarra

Apesar de permanecer pouco tempo no clube (de janeiro de 1998 a junho de 1999), Gamarra entrou para a história do Corinthians como um dos melhores zagueiros dos últimos 30 anos. O paraguaio disputou 80 partidas com a camisa do Timão e conquistou um Campeonato Brasileiro e um Paulista.



                                          NETO ( 1989 à 1993 e 1996 /1997 )
Neto: o eterno xodó da Fiel
Dono de um chute potente e de efeito, foi um dos maiores cobradores de faltas que o Brasil já teve

Certa vez, a frase “Neto, o eterno xodó da Fiel” pôde ser lida via satélite, por todo o planeta, em uma faixa estendida por torcedores nas arquibancadas do Estádio La Beaujoire, em Nantes, na França, antes do jogo Espanha e Nigéria pela Copa do Mundo de 1998. Três dias depois, naquele mesmo local, o Brasil enfrentaria o Marrocos, e muitos brasileiros já estavam por lá. Quatro anos depois, a mesma frase inspiraria o título da própria biografia do ex-jogador, Eterno Xodó, escrita pelos jornalistas Renato Nalesso e Fabrício Bosio.


A idolatria dos corintianos por Neto é assim, ultrapassa o tempo e a distância. Afinal, dos 23 gols marcados pelo Corinthians campeão brasileiro pela primeira vez, em 1990, nove foram de Neto, cinco deles dentro de sua especialidade, as precisas cobranças de falta. E isso a Fiel jamais vai esquecer. Ótimo lançador, dono de um chute potente e de efeito com a perna esquerda, foi um dos maiores cobradores de faltas que o Brasil já teve. Chegou do rival Palmeiras, envolvido em uma troca desigual com o apenas regular meia Ribamar. Fez muito pelo Timão até 1993 e retornou uma vez mais ao Corinthians, entre 1996 e 1997, quando foi campeão paulista como reserva.
Nome: José Ferreira Neto
Nascimento: Santo Antônio de Posse (SP), 9/9/1966
Posição: meia-esquerda
Período: 1989 a 1993 e 1996/97
Jogos: 227 (104 vitórias, 74 empates, 49 derrotas)
Gols: 80
Títulos pelo Corinthians: Brasileiro (1990) e Paulista (1997)


                                          DINEI ( 1990 à 1992 e 1998 à 2000
Dinei era torcedor fanático antes de ser jogador



Atacante é o único jogador três vezes campeão brasileiro pelo Corinthians


Antes de ser jogador, Dinei (filho de Ney, uma das muitas promessas corintianas da década de 60) era um fanático torcedor, sócio número 11 300 da Gaviões da Fiel. Em 1990, saiu direto do Terrão, como era conhecido o antigo campo de terra batida em que as categorias de base treinavam, para o time que seria campeão brasileiro pela primeira vez, em 1990.


Atacante que gostava de buscar o jogo no meio do campo e servir os companheiros com cruzamentos e passes em profundidade, Dinei seria ainda mais útil em 1998, quando retornou após ter rodado por vários outros clubes e cumprido suspensão de quatro meses por uso de cocaína. Nas finais do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro, Dinei marcou um dos gols do empate por 2 a 2 no primeiro jogo, no Mineirão. Deu ainda os passes para Edílson e Marcelinho fazerem os gols da vitória por 2 a 0 na terceira e decisiva partida, no Morumbi. É o único jogador três vezes campeão brasileiro pelo Corinthians.


Nome: Claudinei Alexandre Pires
Nascimento: São Paulo (SP), 10/9/1970
Posição: centroavante
Período: 1990 a 1992 e 1998 a 2000
Jogos: 194 (85 vitórias, 53 empates, 56 derrotas)
Gols: 34
Títulos pelo Corinthians: Mundial (2000), três Brasileiros (1990, 1998/99) e um Paulista (1999)



MARCELINHO ( 1994 à 1997 e 1998 à 2001 )

Marcelinho é o jogador que mais conquistou títulos pelo time



Nos momentos decisivos, sempre esteve presente, com suas perfeitas cobranças de falta


Marcelinho é o jogador que mais títulos conquistou pelo Corinthians — dez, incluindo dois menos lembrados, a Copa Bandeirantes, em 1994, e o Troféu Internacional Ramón de Carranza, na Espanha, em 1996. Veio do Flamengo em 1994. Nos momentos decisivos, sempre esteve presente, com suas perfeitas cobranças de falta executadas com o pé direi to número 35 e meio e com as preciosas assistências que dava aos companheiros.


Em 1998, chegou a jogar no Valencia, da Espanha, mas seis meses depois estava de volta, como a principal estrela da promoção “Eu vou jogar no Paulistão 98”, da Federação Paulista de Futebol. Durante onze dias, para definir o futuro do jogador, torcedores do Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo telefonaram para números diferentes de um 0900 chamado Disk Marcelinho, ao custo de 3 reais por ligação. Como 62,5% dos telefonemas eram de corintianos, ele voltou ao Timão. Teve mais uma rápida passagem pelo clube, em 2006, e o direito a um amistoso de despedida, no Pacaembu, contra o Huracán, da Argentina, em janeiro deste ano. Mais uma vez a Fiel fez ecoar o grito criado especialmente para ele: “Uh, Marcelinho...”.


Nome: Marcelo Pereira Surcin
Nascimento: Rio de Janeiro (RJ), 31/12/1971
Posição: meia-atacante
Período: 1994 a 1997, 1998 a 2001, 2006 e 2010
Jogos: 433 (211 vitórias, 109 empates, 113 derrotas)
Gols: 206
Títulos pelo Corinthians: Mundial (2000), dois Brasileiros (1998/99), uma Copa do Brasil (1995), e quatro Paulistas (1995, 1997, 1999 e 2001)


                                      DIDA ( 1999 à 2000 e 2001 e 2002 )

Especialidade de Dida era pegar pênaltis



Chegou a pegar seis pênaltis nos primeiros dez meses de Corinthians, quatro deles seguidos
Calmo, alto (1,95 metro), dono de grande elasticidade e boa colocação, Dida era também um goleiro frio, a ponto de sair de seu gol caminhando depois que Edmundo, do Vasco, chutou para fora o pênalti que deu ao Corinthians o título mundial em 2000.
Sua maior especialidade era a defesa de pênaltis. Chegou a pegar seis nos primeiros dez meses de Corinthians, quatro deles seguidos. Emprestado duas vezes pelo Milan, da Itália, foi embora na metade de 2000, mas voltou no fim de 2001, para ganhar mais dois títulos, a Copa do Brasil e o Rio-São Paulo do ano seguinte.


Nome: Nélson de Jesus Silva
Nascimento: Irará, BA, 7/10/1973
Posição: goleiro
Período: 1999/2000 e 2001/2002
Jogos: 94 (53 vitórias, 22 empates, 19 derrotas)
Gols sofridos: 122
Títulos pelo Corinthians: Mundial (2000), Brasileiro (1999), Copa do Brasil (2002) e Rio-São Paulo (2002)



                                  CARLOS TEVEZ


Tevez e Fiel tiveram relação intensa, porém curta



Trazido pelos milhões da parceria com o grupo MSI, Tevez jogou um ano e sete meses pelo Corinthians


Carlos Tevez foi contratado em 2005 pelo Corinthians por vinte milhões de dólares, na maior transação da história do futebol sul-americano. Não demorou muito para cair nas graças de uma das mais fanáticas torcidas do Brasil. Camisa 10 e capitão da equipe, foi o maior nome na polêmica conquista do Campeonato Brasileiro de 2005, marcando 20 gols e terminando como vice-artilheiro da competição. Foi campeão brasileiro de 2005 como capitão do time, sendo vice-artilheiro da competição com 20 gols e eleito melhor jogador da competição. A combinação perfeita de raça e técnica o transformou Carlitos num dos maiores ídolos da história do clube.